Incentivo a busca de conhecimento, desafios constantes e valorização da aprendizagem significativa. A partir destes vieses começou a trajetória do aluno Gabriel Tuctenhagen nas aulas de ciências.
Durante uma aula expositiva sobre fontes de energia e circuitos a professora de ciências, Mariléia Ferraz Ceretta, docente da EMEB SEOMAR MAINARDI em Sobradinho – RS, desafiou seus alunos a construírem um dispositivo capaz de conduzir um caminho elétrico.
O aluno Gabriel, do 8° ano, encarou com maestria a tarefa proposta pela professora e desenvolveu um trabalho muito além do solicitado. Ele produziu, de forma artesanal, uma Película de Carbono através da extração do grafite misturado com cola e álcool. Estas películas de carbono são conhecidas pela ciência como Grafeno, um composto bidimensional capaz de conduzir eletricidade de forma extremamente satisfatória.
A película, apesar de elaborada de forma rudimentar, foi capaz de ligar o sistema elétrico que Gabriel almejava.
Buscando aprofundar seus conhecimentos e incentivar seus colegas, Gabriel ainda desenvolveu uma pesquisa sobre o grafeno, o grafite e o diamante, materiais constituídos por carbono, a base da sua película.
A união dos conceitos teóricos com a bem sucedida realização da prática fez com que a professora, maravilhada, pedisse para o aluno expor sua ideia em uma aula organizada por ele, para que todos os demais colegas pudessem ser contagiados pela sábia curiosidade de Gabriel.
A docente, Mariléia F. Ceretta, salienta que Gabriel é um aluno muito dedicado e interessado, além de um verdadeiro entusiasta da ciência. Ao longo do ano letivo, percebeu-se que ele está sempre em busca de conhecimentos novos que enriqueçam a sua aprendizagem e que surpreendam todos ao seu redor, demonstrando características de observador, pesquisador e divulgador científico.
A professora afirma com veemência que alunos como Gabriel precisam ser incentivados, mesmo – e principalmente – diante da crescente onda de negacionismo que assola o mundo inteiro. Destaca-se, ainda, pela docente, que uma educação de qualidade começa por atitudes de reconhecimento e valorização. Não são necessárias grandes estruturas acadêmicas ou professores de alto renome para criar ciência, mas apenas curiosidade, respeito e incentivo.